Sobre nós

Esta página deverá conter informação detalhada sobre as aves que crio.

 

 

PERIQUITO.

História

Proveniente da Austrália, foi pela primeira vez introduzido no continente europeu em 1840 pela mão de Gould (naturalista) que levou para Inglaterra vários exemplares verdes. O seu comportamento em cativeiro fez com que ganhasse uma enorme popularidade junto dos criadores de aves por toda a Europa.

Algumas décadas mais tarde, começaram a ocorrer as primeiras mutações de côr nomeadamente para a cor amarela. Mais tarde apareceram os exemplares azuis que no início deste século ocuparam um lugar de destaque no mundo dos amantes de pássaros. Ao longo dos anos as mutações de cores não pararam, não se sabendo hoje ao certo quantas cores haverá.

Para comprar um periquitos pode recorrer a criadores especializados nesta área ou então dirigir-se a lojas de animais de estimação. Mas antes providencie um espaço e um alojamento para ele. Verá que não será uma tarefa difícil.
 

Alojamento

Uma das grandes vantagens em criar periquitos reside na sua fácil adaptação ao meio em que são inseridos. No que diz respeito ao alojamento pode optar por exemplo por gaiolas que podem ser adquiridas na generalidade das lojas de animais de estimação. Certifique-se sempre que é realmente uma gaiola preparada para receber periquitos. Existem algumas especificações como as caixas dos ninhos, os recipientes para água e comida que devem ser respeitadas.
 

 

Alimentação

No que respeita a alimentação também não irá encontrar grandes dificuldades. No mercado existem várias soluções de mistura de milho alvo, alpista, aveia descascada e papa fortificante. Encontrará também vitaminas e cálcio em pequenas pedras. Para além deste tipo de alimentação, poderá dar ocasionalmente alimentos verde como cenoura e olho de couve certificando-se sempre que estão devidamente lavados em água fresca. Renove diariamente o bebedouro com água fresca.
 

Saúde

Em caso de doença consulte sempre um veterinário. Embora seja raro encontrar doenças em periquitos, estas podem acontecer por contaminação de outros pássaros, moscas e mosquitos. Como medida preventiva mantenha sempre a gaiola bem limpa e arejada.
 
 

Criação à mão

Nos dias de hoje, a criação de Periquitos à mão desta espécie, torna-se relativamente fácil. Necessita apenas de três coisas:

  • Papa especial para a espécie;
  • Seringa especial para a alimentação da cria;
  • Paciência, muita paciência e tempo!

A primeira coisa que deve fazer é esperar que o seu casal de periquitos tenha crias. Deve esperar até que a cria esteja parcialmente formada, com as primeiras penas/pêlos e um grande tamanho. Só deve retirar as crias a partir deste altura do desenvolvimento do animal.

As crias devem ser colocadas num local onde a temperatura nunca seja inferior a 25º C.  Poderá usar um cesto/balde para fazer de ninho, ou optar por outra solução. Deve ser aí que a cria seja mantida e cuidada.

Para se guiar quando a cria tem ou não fome, observe o papo do animal:

  • Se estiver vazio, dê-lhe mais comida, pois deve sempre ter algum;
  • Quando estiver com um volume médio, pode dar um pouco, mas não exagere;
  • Se se apresentar muito cheio, não dê mais comida, mesmo que a cria peça.

A criação desta espécie é aconselhada na época do Verão, uma vez que as temperaturas altas são favoráveis para a cria. Se optar pelo Inverno para fazer criação, tape a cria com algodão, permitindo-lhe assim manter a temperatura do corpo.

Quando a cria atingir a idade de começar a voar, não se assuste. Deverá habituar a cria à sua mão, o que poderá fazê-lo se continuar a dar-lhe comida através da seringa, prevenindo assim futuras bicadas.

Pode também ensinar truques à ave (entrar e sair da gaiola), ou até ensinar-lhe algumas palavras. Os machos aprendem este processo mais rapidamente e há mais probabilidades de serem eles a começar a imitar uma palavras, mas a apetência para a fala parece depender mais do indivíduo do que do sexo das aves. O treino pode começar a partir de qualquer idade, mas quanto mais cedo mais facilmente obterá resultados.
 

Distinção dos sexos

A distinção do sexo nos Periquitos é relativamente fácil de se fazer. Os machos têm a carúncula nasal, zona das narinas, azulada, enquanto as fêmeas apresentam nessa zona tons acastanhados, rosados ou mesmo acizentados. Esta característica só se desenvolve a partir dos seis meses de idade e é a única forma segura de visualmente se poder distinguir o sexo destas aves. No caso dos Periquitos Albinos, tanto o macho como a fêmea são visualmente idênticos, ou seja apresentam ambos a carúncula rosada.
 

Mutações

Existem várias mutações de cor do "Periquito verde", a cor que se encontra em estado selvagem:

Lutino - O periquito Lutino surgiu em 1880, 40 anos depois após o naturalista John Gould ter levado um exemplar  verde para cativeiro em Inglaterra. O Periquito Lutino é todo amarelo com olhos vermelhos e a cor da cera apresenta um tom rosado.

 

 

 

CANARIO.

História

Os canários domésticos não são encontrados na natureza, mas esta variante teve origem do cruzamento do canário selvagem e de outros tentilhões, além de sofrer também algumas mutações. O canário selvagem pode ser encontrado em diversos locais, entre eles, o arquipélago das Canárias e da Madeira. Quando descobriram as ilhas Canárias, no século XV, os espanhóis levaram os primeiros exemplares para o continente. Os primeiros criadores foram frades, que só vendiam exemplares machos para o estrangeiro, para que a criação mundial dependesse de Espanha. No entanto, no século XVII, os italianos conseguiram contrabandear uma ninhada de fêmeas, contribuindo, assim, para a difusão dos canários pelo mundo. O primeiro canário de que se tem conhecimento foi encontrado nas Canárias por volta de 1402. Uma curiosidade é que as ilhas receberam já tinham esse nome antes da descoberta da ave. De acordo com a lenda, os romanos chamavam-nas de "ilhas dos Cães" por serem habitadas por um tipo de raça de cães de grande porte. A palavra “canário" deriva de "canis", ou seja, cão em latim.

Já no século XV, tem-se notícias de canários sendo criados como animais de estimação na Europa. Ao longo dos tempos, uma grande variedade de canários foi desenvolvida. Alguns foram criados simplesmente pela habilidade vocal, onde a aparência não tinha importância. Até a Revolução Industrial, quando não ainda não haviam máquinas ruidosas, alguns artesãos costumavam manter canários em suas lojas para entretenimento. Essa prática de manter canários nos locais de trabalho acabou levando-os para as minas de carvão, onde (tristemente) os canários serviam de alarme para o trabalhador quando aqueles morriam devido à liberação de gases tóxicos.

As experiências dos ingleses com os tamanhos e formas que um canário poderia apresentar, conseguiu criar algumas variações da raça, como por exemplo o Norwich, o Yorkshire e o Gloster. Já os franceses e italianos preferiram lidar com a postura dos canários e obtiveram vários exemplares com diferentes posturas. Até o início do século XX, o canto e a forma dos canários eram o único alvo da dedicação dos criadores. No entanto, uma mutação genética em um viveiro de canários de canto despertou a atenção dos criadores tradicionais para outra característica dos canários: a sua cor. Desta forma, teve início um novo interesse por parte dos criadores e desencadeado as mais de 300 cores conhecidas actualmente.
 

Temperamento

Os canários têm um óptimo convívio com outras aves e também dividem muito bem o espaço entre si, sem agressões. O único senão, é não se misturarem com outras espécies de tentilhões, uma vez que podem cruzar e as crias serem estéreis. Vivem muito bem em qualquer ambiente, e em qualquer clima, dando-se melhor em climas temperados, podendo ser criados numa sala de estar, numa gaiola simples , ou mesmo ao ar livre. Geralmente, os machos são criados em separado em virtude da beleza do seu canto.

De forma geral, os canários são calmos, mas algumas aves podem ser mais agitadas. Mesmo os canários mais agitados dão-se muito bem com os criadores, podendo ter uma relação até bem próxima, sem nunca vão ser tão domesticadas como um periquito ou um papagaio, por exemplo.
 

Descrição

O canário tem tamanho variado, de acordo com o tipo, mas o selvagem tem entre 12 e 13 cm, enquanto o canário vulgar, de canto e cor, tem cerca de 14 cm. Os canários de menor dimensão tem aproximadamente 11 centímetros e a maior, o canário de Lancashire, tem cerca de 22 centímetros. Diferenciar o macho da fêmea, não é tarefa fácil. Criadores especializados podem determinar essa informação através da posição e do tamanho da cloaca. Mas para o criador amador, saber que o macho é o único que canta pode ser determinante para diferenciar o canário macho da fêmea. Pode atingir os 14 ou 15 anos de idade, de maneira que quem quer adquirir um canário para alegrar os seus dias, tem que ter noção que vai assumir uma responsabilidade a longo prazo.

Os ossos do canário são leves e sólidos, mas em grande parte ocos, permitindo voo de uma maneira muito fácil. Mesmo as partes mais pesadas do corpo, como os músculos das pernas e das asas estão muito próximos da caixa torácica e da coluna vertebral, permitindo ao animal manter um forte equilíbrio durante o voo. Além disso, o canário apresenta um elevado metabolismo, isto é, consegue transformar a sua alimentação em energia de uma forma muito rápida. Registe-se que o consumo de energia durante o voo é quinze vezes superior do que em repouso.

São animais activos diurnos, isto é, dormem profundamente apenas à noite, já que durante o dia não podem se dar ao luxo de serem vítimas de um possível predador. Se estiver numa gaiola, o canário pode adormecer durante o dia, mas nunca de forma muito profunda. Em relação ao canto, os canários pertencem ao tipo de pássaros nascem com determinado repertório, mas que aprendem, ainda no ninho, com o canto do pai. Desta forma, os canários podem ser criados sozinhos na gaiola, já que durante o período de criação, ouviu o canto do pai. O que pode acontecer é que ele dominará o canto típico dos canários, mas sem as variações que aprenderia com o progenitor.

O canário é muitas vezes apreciado apenas pelo seu canto, mas convém ter em atenção que nem todos os pássaros cantam sempre da mesma forma durante toda a vida, sendo comum certos canários deixarem de cantar por qualquer motivo. Desta forma, o canto não deve ser o único atractivo, e sim, mais um, para quem adquirir um canário.

Ao contrário do que se possa pensar, as fêmeas cantam, mas muito raramente e tão baixinho que quase é impossível de se ouvir. A única coisa que lhes falta para cantar devidamente são as hormonas masculinas, que são responsáveis pela frequência e a intensidade do canto. Quanto aos sentidos, a visão e a audição são os mais desenvolvidos.

Os olhos do canário têm um ângulo de visão de cerca de 320º, e são monoculares, isto é, os dois olhos trabalham independentes um do outro. A audição do canário é muito boa, com uma constituição auditiva semelhante a de um mamífero, faltando-lhe apenas o ouvido externo, ou seja, a orelha. O olfacto e o paladar não são muito desenvolvidos, e desta forma, sem grande importância para o animal.
 

Alojamento

Quer seja numa gaiola, quer seja num viveiro, temos que observar certos pormenores para proporcionar ao canário o melhor ambiente de desenvolvimento. O pássaro deve estar num local iluminado, evitando a corrente de ar directa, mas com uma boa circulação do ar.

Uma gaiola de criação de canários tem entre 35 e 40 centímetros de comprimento e 30 centímetros de altura e de profundidade. Este tamanho de gaiola é o ideal para um casal de canários durante a gestação. As aves têm preferência por um ninho aberto, que pode ser construído com uma grande variedade de materiais, entre os quais, uma corda de sisal desfiada, por exemplo. A fêmea põe, em média, entre quatro e cinco ovos, que são claros e têm manchas escuras, e que são chocados pela fêmea durante 13 a 14 dias.

Geralmente as fêmeas alimentam as crias com alimentos à base de ovos, já que as proteínas são fundamentais para o bom desenvolvimento das crias. A plumagem surge ao fim de cerca de 14 dias, mas com esta idade, as crias ainda não estão totalmente prontas para cuidar de si mesmas, sendo ainda alimentadas pelo macho, mas com frequência menor. Um bom casal de canários pode ter várias ninhadas por ano.
 

Alimentação

Quanto à alimentação, os canários são animais granívoros, isto é, as sementes são a base da sua dieta. Podem comer misturas de sementes especializadas para a raça, ou também alimentos à base de ovos, ou frutas, que os canários apreciam muito. Convém deixar disponível também arenito, que é importante para as necessidades digestivas do canário.

Higiene

Os canários geralmente gostam muito de tomar banho. Se tiver uma gaiola, pode prender a tina de banho na própria gaiola; caso tenha um aviário, pode ter uma tina de cerâmica que vai conservar a água fresca por um bom tempo.
 

Saúde

 Os canários, como qualquer ser vivo, estão expostos a doenças; no entanto, se forem  bem tratados não são especialmente sensíveis a elas. Geralmente as doenças levam mais  tempo a evoluir do que a curar. Os canários mais velhos e os muito jovens são os que  estão mais expostos a doenças na altura da mudança das penas. Mais do que em qualquer  outro período; deverão evitar-se as correntes de ar e mudanças bruscas de temperatura.   Devem manter-se de preferência a uma temperatura mais baixa e uniforme. Alguns  pássaros podem vir a falecer por ataque cardíaco, por obesidade, por stress e por grande  quantidade de aves num mesmo viveiro.

O pássaro perde a sua vivacidade, fica muito quieto, como que inchado, com as penas  abertas e os olhos sem brilho. Também uma gordura ou magreza excessivas, o abdómen  muito encolhido ou distendido, as penas do pescoço sujas ou as narinas a supurar são  sintomas certos de doença. Um pássaro doente assenta sempre nas duas pernas quando  dorme, enquanto um pássaro saudável apenas dorme sobre uma. Se um pássaro estiver a  dormir sobre as duas pernas, pode considerar-se como um primeiro aviso pois trata-se de  um sintoma que aparece sempre antes de os outros se manifestarem. Na prática, é muito  difícil dizer com segurança qual a doença de que o pássaro sofre.

Os pássaros doentes devem ser isolados imediatamente. As gaiolas devem ser lavadas e desinfectadas (de preferência com álcool). Os sintomas de cerca de 30 doenças diferentes  são mais ou menos os mesmos, tornando-se assim difícil a sua definição. O tratamento terá  portanto de ser geral. Um pássaro doente deverá ter tratamento imediato, mesmo que  apenas se notem sintomas insignificantes. O ataque rápido à doença pode muitas vezes  salvar a sua vida, que em muitos casos 24 horas depois estaria perdida.  Um remédio  universal contra as doenças dos pássaros é o CALOR. O pássaro doente deve ser  imediatamente colocado numa gaiola de madeira, pequena, com uma placa de vidro na  parte da frente. A gaiola pode ser aquecida, por exemplo, utilizando uma lâmpada ou uma  resistência eléctrica.  Uma temperatura de 30/35 graus C será a indicada nos primeiros 3  dias, baixando-se depois gradualmente.  O calor e um preparado antibiótico - Aureomicina  ou Terramicina - são em muitos casos a cura mais fácil. Põe-se na água de beber cerca de  1 cápsula de 50 mg de um destes antibióticos para 1/2 litro de água. Repete-se este  tratamento durante três dias seguidos, voltando a repetir-se passados dois dias, se não  houver melhoras.  Os antibióticos também podem ser utilizados para combater doenças  contagiosas. Os pássaros não deverão ter outra água para beber enquanto estiverem sob  tratamento. Os pássaros que estão sujeitos a tratamento antibiótico deverão, nesse período, ter um suplemento de vitaminas (encontrado em casas especializadas), dado que os antibióticos destroem a flora bacteriológica dos intestinos.
 

Reprodução

O ciclo da reprodução dos canários, desde a postura dos ovos até que as crias saiam do ninho, dura cerca de um mês. Durante esse tempo, os pássaros têm de cumprir uma série de obrigações que são reguladas por processos biológicos complicados. Se uma das fases desse processo não se desenrola normalmente, todo o ciclo pode ser perturbado. Não devemos de maneira nenhuma intervir na sequência natural da reprodução. 

É necessário lembrarmo-nos de que os canários são individuais e que têm gostos diferentes. Não podemos portanto tratar todos da mesma maneira, o que aliás se aplica de uma maneira geral à criação de todos os animais. 

Dizem os entendidos que há aves mais fáceis de criar do que os canários, eu penso que não é difícil, desde que se tenha espaço, gosto e paciência, principalmente no início. 
Um dos primeiros problemas que surge é quando juntar os canários. Eles são muito influenciados pela duração do dia mas penso que também são sensíveis ao aumento das temperaturas. Eu tenho procedido à junção dos casais no final de Fevereiro, (a minha região é muito fria). Os meses de Março, Abril, Maio e Junho são os meses de criação. 

Há basicamente dois métodos. Um consiste em juntar o macho e a fêmea durante todo o ciclo, para que ambos partilhem as tarefas como um "bom casal". É talvez o mais natural e deve ser posta em prática desde que não haja nenhum inconveniente. O outro método consiste em retirar o macho no final da postura ou porque ele é agressivo e pode perturbar o choco, ou porque queremos aproveitar as boas qualidades do macho para juntar a outra fêmea. É necessário estar atento. Há machos que criam melhor os filhotes do que as próprias fêmeas e há fêmeas que abandonam o ninho se o macho for retirado. O melhor é conhecer bem as aves e optar pela melhor solução para cada caso.
 

 

 

CATURRA.

História

A Caturra foi descoberta em 1792 na Austrália. Esta ave habita a região interior do país e pode ser encontrada  em zonas áridas ou semi-áridas, mas perto de rios. Foi exportada para a Europa na mesma altura que o Periquito, por volta dos anos 40 do século XIX.

O nome científico da Caturra tem raízes curiosas. O género Nymphicus atribuído a esta ave reflecte o encanto que os exploradores europeus sentiram quando a descobriram pela primeira vez. Nymphicus significa, traduzido à letra, pequena ninfa. A espécie hollandicus vem de Nova Holanda, o nome dado pelos exploradores à Austrália.

A classificação desta ave é bastante discutida e testes de DNA acabaram por retirá-la da família dos Psitáceos para categorizá-la como um membro da família das Catatuas, Cacatuidae. Entre as características que mais aproximam a Caturra das Catatuas está a crista eréctil e penas na base do bico.

As primeiras mutações desta espécie apareceram mais tardiamente. Em meados do século XX surgiram as mutações Pied e Lutino. Seguiram-se a cinnamon, pearl, cabeça branca e silver.

No seu país natal, a Caturra é vista como uma praga. Com uma população elevada, atacam os campos de sementes para se alimentaram. No resto do mundo são bastante cobiçadas, sobretudo as mutações mais raras que podem atingir um preço considerável no mercado de aves. A Caturra é uma das aves de estimação mais populares, rivalizando com o Periquito e o Canário.
 

Temperamento

A Caturra é um animal dócil, alegre e pouco barulhento. É uma das aves mais rápidas da Austrália, tendo um voo directo e ágil.

Pacífico, é ideal para aviários comunitários e partilha o espaço com outras aves mais pequenas e frágeis sem causar problemas. Mesmo alojada sozinha revela-se bastante afectuosa com o dono.

É conveniente arranjar um exemplar jovem e criado à mão se pretender que a Caturra interaja com humanos. As Caturras podem-se mostrar algo nervosas em relação ao dono enquanto jovens, mas acalmam rapidamente, tornando-se dóceis. O canto prolongado dos machos torna-os mais populares do que as fêmeas como animal de estimação. Mas até aos três meses é difícil identificar os sexos visualmente, por isso se preferir um dos sexos em particular tem de fazer um teste de DNA.

Bastante gregárias, as caturras convivem bastante com indivíduos da mesma espécie se lhes for dada essa oportunidade. Geralmente acasalam para a vida com o mesmo parceiro e em estado selvagem são vistas a voar em grupo ou em pares.

Brincalhonas e activas, as caturras adoram trepar, roer e interagir com o dono. São capazes de imitar a voz humanas ou outros sons, apesar de terem um vocabulário mais limitado do que os papagaios. 
 

Crista

A Caturra expressa o seu estado emocional através da crista. A crista mantida em baixo, significa que a ave está apreensiva. A Caturra consegue elevar a crista mantendo-a quase na vertical. Uma ligeira elevação, é a posição neutral da crista. Indica que a ave está relaxada. Uma elevação mais pronunciada indica excitação.
 

Aparência Geral

A Caturra é predominantemente cizenta com a zona das patas mais clara e zonas brancas nas asas. Na região das orelhas esta ave tem uma mancha redonda de cor laranja. Na cabeça, apresenta uma máscara amarela que varia em intensidade e tamanho. Nos machos, o amarelo é vivo e mais amplo, enquanto as fêmeas têm cores mais pálidas. Para distinguir os sexos, o método mais seguro é observar as penas interiores da cauda: as do macho são pretas, enquanto as das fêmeas são acastanhadas e com padrão. As aves jovens são similares às fêmeas adultas. Até aos três meses, apenas é possível distinguir os sexos através de testes de DNA.

Um dos traços mais distintos da Caturra é a crista. A Caturra pode subir ou baixar a crista quando deseja. Esta é geralmente indicadora da disposição da ave.
 

Alojamento

A Caturra é uma ave activa que necessita de algum espaço para se movimentar. O seu bico não é tão destrutivo como o da maioria dos papagaios, por isso a gaiola ou aviário não necessita de ser tão resistente. As gaiolas devem permitir que a Caturra exiba a crista sem a danificar e que abra complemente as asas sem que toque num dos lados. As medidas mínimas para uma gaiola são 60 cm x 60 cm. Com este tipo de alojamento, a Caturra deve ser retirada da gaiola frequentemente para interagir e exercitar-se.

Um aviário para um casal de Caturras deverá ter 180 x 90 x 180 cm. Nestes casos entende-se que o tempo fora do aviário será nulo ou mínimo.

A Caturra é um animal bastante resistente, mas se for alojado no exterior, deverá ter abrigos e zonas exteriores protegidas de correntes de ar. Em locais mais frios, pode necessitar de um aquecedor.

Brinquedos, troncos ou locais de poiso são obrigatórios. Baloiços e banheira são sempre bem-vindos. 
 

Dieta

Existem rações comerciais preparadas para Caturras. Idênticas às rações de periquitos, estas podem também ser uma boa opção. Entre as sementes base da alimentação da Caturra estão o milho painço, aveia descascada, sementes de girassol e cânhamo. Para complementar, a Caturra aprecia também vegetais e fruta. A maçã é uma boa guloseima.

O osso de calcário deve estar sempre disponível. 
 

Saúde

O mais preocupante problema de saúde encontrado nas Caturra é o stress, provocado pela solidão ou mudanças súbitas. As Caturras em stress arrancam as penas. Entre as Caturras mais sensíveis, estão as caturras lutino, onde este problema é mais comum. Também nesta mutação é preciso particular atenção à zona atrás da crista, onde a manifestação de uma zona sem penas é comum e indesejável. A zona careca não é provocada pelo arrancar de penas da Caturra, uma vez que ela não tem acesso a essa área, mas é considerado um defeito da ave. 
 
 
 
 

Mutações

Lutino – Esta é uma das mais cobiçadas mutações de Caturras. Desenvolvida em 1950s pela norte-americana Moon, as caturras lutino ficaram inicialmente conhecidas como “Moonbeams”, que significa luar. O corpo das aves é despojado do cinzento característico que é substituído por branco ou amarelo. A cabeça mantém a cor amarela e as orelhas permanecem laranjas. Diferenciar os sexos pode ser complicado, mas as fêmeas apresentam um padrão na cauda.

Cara branca (White faced) – Os machos apresentam a cabeça de cor branca, em vez do tradicional amarelo. As fêmeas apresentam a cabeça acizentada.

Cinnamon (Canela) – O cinzento adquire uma tonalidade acastanhada. As restantes cores mantém-se.

Albino - Sem capacidade de produzirem pigmentação, estas aves são branco puro de olhos vermelhos. Não é possível distinguir os sexos visualmente.

Pearl (Pérola) – Esta mutação surgiu em 1967 na Alemanha. O centro das penas torna-se mais claro do que as extremidades. Pode ser combinado com várias cores base.

Pied – Padrão que intercala zonas de penas mais claras com zonas mais escuras.
 
DIAMANTES MANDERIM.

História

O Diamante Mandarim é uma ave aconselhada a inexperientes no mundo da avicultura, por ser muito resistente. Mas a popularidade desta espécie não advém apenas dessa característica: as inúmeras mutações de cor e forma fazem com que seja também muito apreciada pelos mais experientes.

O Diamante Mandarim pode ser encontrado em estado selvagem na Austrália, na zona árida do país, e em Timor-Leste. É o mandarim mais popular do país. O Diamante Mandarim foi introduzido noutros países, tal como os Estados Unidos da América, Porto Rico e até mesmo Portugal. Podem ser encontrados em clareiras com alguns arbustos e em árvores. Estão adaptados à vida urbana e podem por isso ser vistos em parques nas cidades.

 
 

Temperamento

O Diamante Mandarim é uma ave pacífica que gosta de partilhar o aviário com outras aves da mesma espécie. O Diamante Mandarim prefere contudo voar pelo aviário a contactar com humanos. São aves activas, boas escolhas para aviários comunitários. Cada exemplar produz um som distinto, através da repetição de pequenos bips. As fêmeas não têm a capacidade de cantar.
 
 

Descrição

O Diamante Mandarim macho tem riscas brancas e pretas nas laterais e na cauda que são representativas da espécie. A fêmea tem tons mais claros, incluindo no bico que não é tão vermelho como o do macho. Os jovens têm o bico com marcas castanhas e a cauda curta.

De bico mais curto que o seu familiar Gould, possui também uma beleza fantástica. Existem 8 cores básicas e mais 400 diferentes, decorrentes de mutações dos criadores ao longo dos anos. As cores das mutações variam de castanho claro ao escuro, branco e prateado. A cor de base pode também ser castanha ou acizentada. Existe uma mutação de bico amarelo.

Aparte da cor, existem também variedades com crista que podem ser incluidas em qualquer mutação de tom.
 

Alimentação

O Diamante Mandarim não é uma ave difícil de alimentar. A alimentação deve ser composta por ¾ de painço e ¼ de alpista. Verduras como couve e espinafres (excepto alface) devem ser incluídos em menos quantidade na alimentação da ave. Se for necessário pode complementar com vitaminas ou minerais.
 

Alojamento

O Diamante Mandarim pode ser mantido tanto dentro como fora de casa, uma vez que são aves que aguentam uma considerável amplitude térmica. No Inverno e no período de incubação aconselha-se a utilização de aquecimento. Se o alojamento for no exterior, deve ter um abrigo que proteja do frio e chuva e estar longe de correntes de ar. Dentro de casa, a gaiola deve permitir ao Diamante Mandarim voar. 
 
 

Reprodução

 

O Diamante Mandarim não é uma ave difícil de reproduzir. Deve colocar uma caixa de ninho semiaberta dentro da gaiola/aviário. Em alternativa pode oferecer às aves os materiais, vegetação, fibra de coco e pequenos ramos, e deixá-las construir o próprio ninho. A postura varia entre a 4 a 7 avos. Assim que o ninho esteja concluído, não ofereça mais material, pois o Diamante Mandarim pode começar a construir por cima dos ovos. Os ovos eclodem ao fim de 12 dias, em média. As crias amadurecem aos 3 meses, mas só devem procriar tendo no mínimo 6 meses.
 
 

Subespécies

 

Existem duas subespécies do Diamante Mandarim:

  • Taeniopygia guttata guttata - encontrado em Timor-Leste. É mais pequeno e não têm a barra do padrão na garganta e no peito que se encontra no parente australiano.
  • Taeniopygia gutatta castanotis, habita a Austrália, excepto as zonas tropicais e o Sul do país. 

 

 

Notícias

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03-04-2010 17:37
LOJAS DE ANIMAIS DE BOA QUALIDADE : MERCADO MUNICIPAL LOJA, 26 RIO DE MOURO  

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03-04-2010 17:36
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